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Perspectiva das mães na quarentena

Se você não recebeu duzias de audios “desesperados” de mães no começo da quarentena – “Meu Deus, gente, eu não sou professora”, lembra disso? – você faz parte de um grupo ínfimo de pessoas que não foram profundamente abaladas pela criançada dentro de casa. A escola faz um papel comunitário na educação da sociedade há séculos e quebrar abruptamente com esse vínculo tanto para as crianças como para os pais foi um baita choque e uma ruptura que mesmo os adeptos do homeschooling previram apenas uma parte do avalanche social que isso traria.

Separamos esses depoimentos para vocês que são pais não se sentirem sozinhos. E para vocês que não são, entenderem melhor o tamanho da mudança. Veja abaixo depoimentos de mães envolvidas no Arte e Cultura Barueri e seu balanço da quarentena.

 

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Ferramentas fáceis disponíveis para Terceiro Setor

Há ferramentas de gestão e profissionalização especificamente para Terceiro Setor, você sabia? Tanto em questão de conhecimento como em gestão, são várias as iniciativas que buscam facilitar a vida das entidades. 

 

Google for nonprofits

 

O Google oferece uma plataforma em que é possível usar Google Ads (Grants), GSuite, Meet e outras ferramentas que melhoram o desempenho do site de entidades do Terceiro Setor e o melhor: de graça! Para ter acesso a essas ferramentas, é preciso passar por um processo de seleção feito a partir da iniciativa TechSoup, disponível aqui.

 

https://www.google.com/nonprofits/

 

Escola Aberta do Terceiro Setor

 

A escola oferece cursos online e de forma gratuita e voltado para vários assuntos do universo do terceiro setor, como comunicação, captação de recursos, contabilidade, assuntos jurídicos, de gestão, entre outras áreas que podem ser mais efetivas e profissionalizadas dentro da sua organização.

 

https://ead.escolaaberta3setor.org.br/courses

 

Nossa Causa

 

O Nossa Causa é uma plataforma de conteúdo sobre Terceiro Setor que, mais do que falar sobre a área oferece também vários ebooks gratuitos e entrevistas com especialistas da área para discutir alguns assuntos que são muito comuns no mundo das organizações privadas com fins lucrativos, mas muito pouco nas de Terceiro Setor, como legislação, financeiro e entre outros.

 

https://nossacausa.com/sobre-nos/

 

Produtos Microsoft

 

Através também do TechSoup é possível que organizações sem fins lucrativos tenham acesso às ferramentas Microsoft como Office e Cloud mais barato! As ferramentas do Microsoft são as mais usadas no mundo em termos de informatização de informação ajudam na organização e dia a dia da entidade, de apresentações ao armazenamento de informações.

 

https://www.techsoupbrasil.org.br/directory/2?page=1&ctype=Individual

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Conteúdo: Qual é a perspectiva dos artistas na quarentena?

O que está acontecendo com o mundo das artes durante a quarentena? A realidade do artista nunca é fácil. Assim como outras áreas como eventos, esporte, entre outras, o profissional de artes que vive apenas das suas produções artísticas, trabalha por jobs, peças, eventos, enfim, de momentos de ganho e de estagnação de renda. Na quarentena, essa realidade fica ainda mais difícil levando em conta que ninguém pode sair de casa, e por isso, as oportunidades de fazer montar produções artísticas chega a quase zero.

Já falamos aqui sobre as incríveis iniciativas que têm surgido na internet e que acabam fomentando o trabalho dos artistas. Um exemplo disso são as lives de música, ou museus e galerias on-line que têm divulgado seus artistas. Mas a verdade é que nesse mar da internet, a arte fica afogada por um monte de outros conteúdos e os pequenos e médios artistas acabam ofuscados nesse mundaréu de opções.

E a gente quis saber: o que é que os artistas têm feito para se sobressair nesse momento? E como têm mantido suas rendas mesmo seu emprego?

Por isso mesmo recorremos aos professores do Arte e Cultura Barueri que, além de terem suas vocações de ensinar, também são artistas e têm contatos outros artistas e podem dar um panorama de como estão as coisas. Abaixo você confere o depoimento deles sobre a situação das artes:

 

 

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Qual a diferença entre empreendedorismo social e terceiro setor?

 

Você, como nós, pode já ter se deparado com a dificuldade de entender a diferença entre empreendedorismo social e terceiro setor. Tudo bem, dá pra entender que as duas coisas têm propostas que, muitas vezes, se relacionam com impacto social em algum nível, mas até onde vai as semelhanças e diferenças entre as duas coisas?

É importante lembrar que o Terceiro Setor é um formato de organização sem fins lucrativos. Dentro do Terceiro Setor estão várias organizações de direito público, fundações, cooperativas, organizações religiosas, associações, entre outras. Dentro dessa diversidade de organizações, saber o que as classifica como uma forma de empreendedorismo social é uma tarefa que não é tão fácil assim e por isso, decidimos recorrer a quem sabe do assunto para nos explicar melhor: afinal, Terceiro Setor e Empreendedorismo Social são a mesma coisa?

 

Nosso bate-papo com o prof. Dr. Mario Aquino Alves, professor de Administração Pública da FGV, aconteceu através da internet e você pode conferir essa conversa abaixo.

 

IMELC Parece que quando a gente fala de empreendedorismo social, as pessoas se referem a isso como um modelo de negócio, mas às vezes também parece com um valor, ou seja, quem empreende socialmente em qualquer modelo de negócio seria um empreendedor social. É isso?

Sim. O Terceiro Setor se refere a um formato organizacional com vários tipos de organização como fundações, cooperativas, ONGs, organizações de direito público, entre outras. Já empreendedorismo social é uma forma de empreender, que tem o objetivo de mudar o status quo, ou seja, você tem um problema social e quer mudar isso, e pode ser por meio de uma empresa, um negócio social. Ou até mesmo se está buscando isso dentro de um contexto sem fins lucrativos. As duas formas são empreendedorismo social.

Então, às vezes, as atividades de Terceiro Setor e empreendedorismo social são convergentes e às vezes, não. São conceitos paralelos que se relacionam, mas um não está dentro do outro.

 

IMELC O que é, então, empreendedorismo social?

Empreendedorismo Social é um forma de empreender direcionada a objetivos sociais e coletivos e tem similaridades com o empreendedorismo privado. Mas há particularidades como: ações inovadoras para o campo social; missão de solucionar questões locais da comunidade; e ele não acontece no vácuo, mas precisa de um ecossistema pra acontecer, sejam empresas, governo, comunidade local ou outras organizações de terceiro setor. A atividade empreendedora social pode acontecer em vários nichos, até dentro de governo. Por exemplo, durante a epidemia do coronavirus, um hospital público encontra uma solução de transformar garrafas pet em equipamento de proteção. Isso é uma atividade empreendedora social.

 

IMELC Quem são os empreendedores sociais?

Eles são pessoas que tem a missão de manter um valor social e a medida principal deles é o impacto social; eles identificam e buscam novas oportunidades; e estão sempre engajados no processo de inovação, adaptação e aprendizado. Além disso se preocupam muito com a transparência, com a demonstração de retorno social e econômico, fazem uso eficiente de recursos e atraem parcerias e colaborações. Tem um senso ético forte também.

 

IMELC Então, a contrapartida do empreendedorismo social seria sempre lucro + valor social?

Não necessariamente ter lucro. O que tá mais ligado ao empreendedorismo social é a inovação voltada a atingir e mudar uma realidade social. Em alguns casos pode ter um retorno lucrativo, nada impede. Aliás, é muito comum iniciativas que começam sem fins lucrativos e acabam migrando para uma forma de negócio social. Mas doação não é empreendedorismo social, não está ligado a buscar inovação para gerar impacto social. Por isso, pra falar de empreendedorismo social é preciso atentar pra natureza do que é feito e como é feito.

 

***

Ao final do bate-papo, conversamos um pouco com o professor sobre a dificuldade de falar de conceitos e de trazer eles para a vida das pessoas, e como isso nos motiva a buscar sempre por pessoas que saibam mais do que a gente para compartilhar conhecimento. Falar sobre Terceiro Setor e Empreendedorismo Social muitas vezes é confuso porque dentro do Terceiro Setor existem muitas organizações que promovem impacto social atrelado à inovação através de novos produtos ou serviços que reverta em bem para a comunidade, e assim, está empreendendo socialmente. Mas não todas, e por isso não são todas as organizações de Terceiro Setor que são consideradas dentro do espectro do empreendedorismo social. Já o Empreendedorismo Social é uma forma de empreender que pode acontecer dentro do terceiro setor ou da iniciativa privada – nos chamados negócios sociais, por exemplo – e por isso, não depende das organizações de terceiro setor para acontecer.

 

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Por Prof. Karen Sonsimm – Conheça o trabalho realizado na Oficina de Zumba

Que a Zumba é uma das atividades físicas mais procuradas entre a maioria das pessoas atualmente, isso já é um fato confirmado.  Mas o que poucas pessoas sabem é que os benefícios dessa atividade vão muito além da sua eficácia na queima de calorias.

A combinação de ginástica e dança melhora o condicionamento físico, a coordenação motora e a frequência cardiorrespiratória. Auxilia na perda de peso e também no raciocínio. Estimula a musicalidade e a consciência corporal promovendo um melhor domínio sobre o corpo.

A princípio, o papel de um instrutor de Zumba em aula padrão é guiar seus alunos sem que esse trabalho exija dele nenhuma comunicação verbal ou contato físico durante a aula. Utilizando-se de expressões faciais e corporais combinadas a uma sequencia de movimentos de fácil memorização que são apresentados, mas não ensinados. Dessa forma, o objetivo é que os alunos copiem o instrutor e se exercitem enquanto dançam.

Contudo, para a realização de uma aula com qualidade e totalmente democrática é preciso ser mais do que um instrutor nessa realizadora tarefa. É preciso um olhar mais profundo para as expectativas, os objetivos, as necessidades e os desafios encarados por cada aluno individualmente. Dessa forma a aula oferecerá não apenas uma atividade de lazer temporário, mas sim, uma mudança definitiva no hábito de vida dos alunos.

O meu desafio como professora de dança é antes de tudo buscar uma compreensão maior sobre o sentimento de cada aluno para que a aula alcance não apenas as expectativas gerais, mas principalmente para que cada um deles sinta-se inserido e parte importante na aula.

Todo meu trabalho artístico e técnico é combinado a uma metodologia personalizada para diferentes perfis de alunos, atendendo objetivos diversos.

 

Uma das maiores características dos alunos que iniciam na oficina de Zumba é a introspecção, a insegurança e uma grande resistência a realizar qualquer atividade que os possa constranger publicamente.  Dessa forma, para a maioria, alcançar seu objetivo, seja ele qual for, se torna um desafio muito grande, já que eles são atraídos pelo desejo de desistir antes mesmo de começar. Partindo desse principio, para que a aula funcione é necessário que o professor seja extremamente motivador e trabalhe cada aluno primeiramente em seu aspecto emocional.

 

Para elaboração da aula é essencial à criação imediata de um canal direto de comunicação com os alunos para que eles possam colocar suas dificuldades, suas expectativas e para que haja uma aproximação maior entre nós. Possibilitando assim, uma analise melhor do perfil de cada um deles.

A utilização de atividades diferenciadas, que os tirem de sua zona de conforto, como por exemplo, brincadeiras de rua, dinâmicas dançantes em grupos, a troca de posicionamento do aluno a cada aula e também a utilização de temas comemorativos com trajes característicos e decoração de ambiente, são técnicas que utilizo como ferramenta para proporcionar um ambiente descontraído e promover total interação entre os alunos. Essas atividades os tornam mais confiantes e sociáveis.

Outra ferramenta importante é a inclusão de coreografias de dança com os alunos em pares mantendo contato visual e físico, como mãos dadas, por exemplo. Esse contato, embora sutil, aumenta o vínculo entre os alunos e como já foi cientificamente comprovado, eleva também a sensação de bem estar entre eles.  Por fim, incentivar que os alunos cantem, gritem e batam palmas durante as musicas, eleva o astral deles e das aulas.

Entender, respeitar e motivar cada um dos alunos indiscriminadamente são princípios que carrego e que tornam meu trabalho muito mais significativo do que simplesmente aplicar coreografias e esperar que todo o resto aconteça sozinho.

 

É gratificante para um professor ver as pessoas iniciando a aula na busca por uma atividade física e saindo todos os dias, estimulados a um estilo de vida mais saudável, com relações afetivas melhores, com uma autoestima mais elevada, bem praticando respeito e cordialidade ao próximo. Enfim, pessoas transformadas.

 

Em tempos de quarentena, onde nossa interação é totalmente virtual tenho mantido contato constante com os alunos não apenas na pratica das atividades, mas também de forma informal e afetiva. Buscando sempre incentiva-los a manter a positividade em primeiro lugar.

Para a realização das aulas tenho buscado formas criativas de manter o interesse deles, incentivando-os através de aulas voltadas para toda família com coreografias retrô, infantis e juvenis. Além disso, toda semana deixo que cada um deles escolha um tema para as aulas, bem como musicas e coreografias.

Realizo toda semana uma aula ao vivo com horário fixo no programa CULTURA NO COTIDIANO no canal CULTURA BARUERI OFICIAL, disponibilizado pela Secretaria de Cultura de Barueri.

Esse trabalho tem possibilitado a interação dos alunos durante a aula e os motivado a manterem uma disciplina. A cada nova aula, os alunos enviam vídeos não apenas colocando em pratica o que aprenderam, mas também mostrando suas relações em família.

Seja nas aulas presenciais ou nas aulas virtuais, o objetivo das aulas de Zumba é levar bem estar físico e emocional as pessoas individualmente e também promover uma mudança comportamental coletiva em prol de uma sociedade melhor.

Texto arte Paulinha

Conheça o trabalho realizado nas oficinas de Mangá, Caricatura, Desenho e Pintura

No momento, estamos passando por esse período de quarentena, a arte e a cultura tem papel essencial. Pois proporcionam prazer através de atividades saudáveis. Isso nos auxilia fisicamente, socialmente e emocionalmente.

 Por Prof. Ana Paula de Oliveira Corrêa

A oficina não consiste somente no aprendizado e na aplicação de diversas técnicas das Artes Visuais. Mas possibilita ao aluno refletir sobre sua importância na sociedade, sua identidade artística, além da conscientização e valorização da Arte. Isso faz com que o aluno possa refletir sobre sua identidade, como individuo pensante e atuante da sociedade. Individuo esse que pode interferir, interagir, comunicar-se com o mundo através de novas linguagens. E a arte nos proporciona esse leque gigantesco de opções.

Uma infinita Investigação conceitual e plástica caminhando de mãos dadas.

“Sou uma eterna aprendiz”

Meu desafio como professora é transferir a arte em forma de linguagem. Pesquiso novas linguagens, novos materiais, novas possibilidades. Além disso, insiro tecnologias e ferramentas que fazem parte da rotina e realidade dos alunos. Exemplo transformar um estudo de movimentos (desenho) em uma animação. Digitalizar um desenho feito em aula. Fotografar seu entorno. Tudo isso com o próprio celular. Utilização de materiais alternativos inusitados como: pintura com café, beterraba entre outros. Estudos e experimentações que desenvolvo há anos transformados em metodologias de aula.

Arte é linguagem, portanto através dela podemos nos expressar, comunicar, refletir, provocar, poetizar, problematizar e buscar soluções. Seja de forma bem humorada ou crítica. Podemos exprimir nossos sentimentos colocá-los para fora sejam eles bons ou ruins.

No momento, estamos passando por esse período de quarentena, a arte e a cultura tem papel essencial. Pois proporcionam prazer através de atividades saudáveis. Isso nos auxilia fisicamente, socialmente e emocionalmente.

“Mente sã… Corpo são.”

Pretendo manter meus alunos próximos, mesmo à distância. Estamos sempre em contato, sempre conectados. A Secretaria de Cultura e Turismo de Barueri nos proporcionou a “Cultura no Cotidiano” através de vídeo aulas aplico atividades, exercícios e dicas arte. Dessa forma posso acompanhá-los durante o processo. Deixo também desafios semanais, que instigam ainda mais o gosto pelo fazer (colocar em prática tudo o que aprenderam), estimula à criatividade, melhora a autoestima, entre outros. Recebo vários áudios carinhosos, vídeos e centenas de fotos de tudo que estão produzindo semanalmente. Eu publico todos os desenhos e atividades nas redes sociais e  envio para o projeto Arte e Cultura todo esse material.Os alunos sempre me surpreendem com sua criatividade e dedicação.

Objetivos Principais:

  • – Promover o desenvolvimento pessoal do aluno_ Isso faz com que o aluno possa refletir sobre sua Identidade, como individuo pensante e atuante da sociedade. Individuo esse que pode interferir, interagir e comunicar-se com o mundo através de novas linguagens;
  • – Contribuir para a formação da identidade cultural; (Primeiramente o aluno deve conhecer a si mesmo, conhecer seu entorno, dessa forma a identidade artística será consequência desse autoconhecimento e percepção e então fluirá naturalmente)
  • – Aperfeiçoar os conhecimentos estéticos dos alunos;

– Incentivar o interesse dos alunos e familiares pela arte.

  • Criar formas artísticas por meio de poéticas pessoais.

Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte – em suas múltiplas linguagens – utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos_ Historia da arte, gêneros, obras e artistas_ Conhecê-los  e apreciá-los.

Todas as idades, ideias e todos os ideais

É muito importante conhecer o aluno e entender o que ele busca através da oficina. Atendo alunos de todas as idades, alunos que buscam arte por diversos motivos: Existem aqueles que buscam diversão, outros buscam arte como forma de terapia, outros querem transforma-la em profissão. A mesma aula, aplicada com a mesma metodologia terá impactos e resultados diferentes em cada aluno. E eu tenho plena consciência da minha responsabilidade, por isso levo meu trabalho tão a sério.

Arte é Educação e Diversão: A Arte é fundamental para o desenvolvimento de toda criança_ auxilia na coordenação, concentração, criatividade, melhora o raciocínio, desempenho escolar, autoestima, entre outros benefícios.

Arte é Terapia (maior procura entre adolescentes, jovens e idosos): Auxilia pessoas com quadros de depressão, ansiedade, transtornos ou portadores de deficiência física ou mental _Importância de se expressar sentimentos reprimidos transformando-os em inspiração.

Pequeno resumo do conteúdo e resultados das aulas que foram ao ar:

Vídeo aula de Fleep Book: Exercício de criatividade, estudo do movimento, de forma lúdica. Ótimos resultados alguns alunos fizeram pequenas animações a partir da ideia da atividade;

Vídeo Aula_ Pintura com café: Utilizar materiais alternativos inusitados, estimular a criatividade, mostrar que não é necessário ter o material mais sofisticado para se fazer uma obra de arte. Ótimos resultados, os alunos me surpreenderam coma criatividade e participação;

Vídeo aula _Estrutura de animais: Construção de animais através de uma estrutura com formas geométricas, linhas, esboço e arte final. Melhora coordenação, planejamento, traço e finalização do desenho.

Vídeo aula _Paisagens com cores quentes e frias: Criar de lindas paisagens, cenários e transmitir através das cores a sensação de frio ou calor. Exercício de degradê (mudança gradativa entre as cores).

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A arte penetra tudo e até teatro já ganha força fora dos palcos

Bônus: contém dicas!

Quantos posts já fizemos sobre dicas de arte e cultura durante a quarentena, posts de profs nossos que têm proposto atividades em casa, efeitos do isolamento, entre outros que nem sabemos mais. Assim como vários veículos de comunicação, o começo da quarentena veio com uma preocupação pra nós: “o que vai ser da arte sem o encontro, o mundo exterior, a presença humana?”. Meus amigos, por sorte estávamos bem errados. Sabe por quê? Porque a arte penetra tudo! E estamos aqui pra provar.

Walter Benjamin, teórico da imagem, escreveu uma vez em sua tese A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica, o seguinte: “A esfera da autenticidade, como um todo, escapa à reprodutibilidade técnica, e não apenas à técnica”. Basicamente o que ele disse é que não dá pra ter autenticidade reproduzindo obras de arte em imagens, em vídeo (na época era só cinema), etc, porque isso acaba com a aura sagrada da obra de arte. A questão aqui não é discutir se ele está certo ou errado porque uma coisa é certa: qualquer experiência artística presencial é diferente da vista na internet. Agora, imagine como estaria Benjamin durante a quarentena, em que, bem ou mal, só temos a “reprodutibilidade técnica” para nos conectar à arte?

Pois é. Se algum dia fomos preciosistas com o encontro para dar valor à experiência artística – que, convenhamos, é bem mais gostosa e agregadora – nesse momento não temos nada além da tela para nos levar às pinceladas de Tarsila, aos movimentos de Trisha Brown, à emoção da música ao vivo. E é nesse ambiente de reações abruptas da arte querendo escapar às quatro paredes que iniciativas como o Covid Art Museum (@covidartmuseum) nascem.

 

 

 

O “museu” é o primeiro criado pós-corona e foi idealizado por  Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrero, comunicadores de Barcelona que têm feito o trabalho de curadoria das obras vindas da pandemia. E veja lá, no instagram – a rede da estética, do belo, do gráfico, do mundo estéril/perfeito. É nesse ambiente que a arte nascida da doença e da iminência da morte ganha o território da beleza. Ah, as voltas que a terra plana dá.

E esse momento de quarentena também têm incentivado a tomada de espaços pouco explorados antes por algumas áreas da arte. Como é o caso do teatro. O teatro ainda é uma das artes menos adaptadas ao que Benjamin chamava de “era da reprodutibilidade técnica”. A principal via do teatro ainda é o palco e o público, unidos em uma dinâmica única e que sobrevive de uma e da outra. Mas até essa arte têm se adaptado e ganhado plataformas como o Youtube. É o caso da websérie “Home Office”, de Marília Toledo e Emílio Boechat, que também fazem a peça (suspensa durante a Covid-19) Silvio Santos Vem Aí. A série está disponível a partir do dia 1 de abril no Youtube.

Esse terreno não é totalmente novo e já fez sucesso com obras como The Walking dead (spin off no Youtube), a brasileira Latitudes (com Alice Braga), 3% (sim, era websérie antes) e uma das melhores Edgar Allan Poe’s Murder Mystery Dinner Party.

E você, o que acha das webséries? 

Bianca Rinaldi é Dora, apresentadora do “Em Casa” da TV Tupinambá!Estréia sexta feira! Clique no link da bio e se inscreva no canal!

Posted by Home Office – A Série on Wednesday, April 29, 2020

X Dance Fest Online imagem-01

Você sabia? -Festival de dança online

Durante a pandemia de Covid-19, vemos cada vez mais eventos, sejam de música, dança, arte ou teatro, se tornando online para que, mesmo de casa, todos tenham acesso para assistir e até mesmo participar das atividades.

O X Dance Fest Online, um festival de dança online, teve sua primeira edição no final de semana dos dias 25 e 26 de abril. Seu principal objetivo é, além de  não deixar a arte da dança morrer durante a pandemia, valorizar a cultura brasileira.

Se apresentaram 73 grupos e escolas de dança que totalizaram 650 bailarinos e 223 coreografias em oito modalidades: balé clássico livre, balé de repertório, dança moderna/contemporânea, jazz, danças urbanas, danças populares, estilo livre (trabalhos originais que misturam estilos e técnicas) e sapateado.

As apresentações solo foram apresentadas pelos bailarinos direto de suas casas enquanto as coreografias em dupla, trio e em grupo foram pré-gravadas.

As premiações foram compostas por bolsas de estudo e workshops em cursos renomados no Brasil e no exterior; isenção de taxa para dançar na parada do Disney Magic Kingdom durante o Magical Dance Tour 2020; aulas na semana da dança do Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do Rio de Janeiro (SPDRJ); até bolsas de estudo para o Summer Brasil 2021, curso intensivo de dança idealizado pela professora Alice Arja e realizado pela Cia de Ballet do Rio de Janeiro, entre outras

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O que aprendemos até agora com a quarentena?

“E agora, o que eu vou fazer pra me ocupar?” Se você pensou isso no começo da quarentena, saiba que não é a única pessoa. Ter 24h a ser, de fato, dividida entre trabalho, sono e lazer (e cof, cof, afazeres de casa) era uma doce utopia que do nada faz parte das nossas vidas. E agora? Vou me especializar? Vou fazer aquele curso de excel que preciso há tanto tempo? Vou colocar em dia os tutoriais que salvei no Pinterest? E aí chegamos à seguinte pergunta: “sério que tudo o que eu tenho que fazer no meu tempo livre nessa quarentena tem que ser algo útil?”.

 

Não são poucas as referências na literatura e nas artes ao prazer de fazer algo que não é útil. Se você já viu filmes italianos, provavelmente já se deparou com uma frase muito usada e que virou jargão do lazer: dolce far niente, ou em tradução livre, a doçura de não fazer nada. Em seu best seller “O segredo da Dinamarca”, a jornalista britânica Helen Russell fala sobre a perspectiva de uma estrangeira chegar em um país e se deparar com uma cultura que desenvolveu a palavra hygge para, basicamente, dar som e forma a uma ideia muito simples: aproveitar os pequenos prazeres da vida, como tomar um café na sala de casa, acender umas velas e relaxar. Ócio recreativo com diriam alguns. A arte e o prazer de fazer alguma coisa que não precisa de utilidade. É só porque é gostoso ou porque eu quero.

 

Nesse período de isolamento, nos deparamos com centenas de relatos sobre o fenômeno da desacelaração (antônimo da propriedade da física por coincidência). O fenômeno de olhar pra vida e falar: “poxa, eu tenho um pandeiro aqui em casa e não sei tocar… quer saber? estou afim de aprender”. O que isso vai agregar de concreto na sua vida, só o tempo vai dizer… mas quem disse que precisa agregar? Sabe, a gente vê muita referência às práticas culturais e artísticas como sendo uma coisa dispensável porque nem sempre acrescenta algo de concreto na vida das pessoas. Mas eu gostaria muito de saber quem está mantendo a paz de espírito nesse momento aprendendo a montar planilha.

 

Não é que você não possa. Você pode, e deve, fazer o seu movimento pessoal de crescimento, de amadurecimento profissional, espiritual, artístico, psicológico. Está tudo certo. Mas não despreze o “dolce far niente” da vida e da arte. O prazer de tocar um instrumento sem saber, de cozinhar algo diferente que fique mais ou menos bom, de desenhar porque é legal, de cantar porque você gosta. O nosso programa Arte e Cultura Barueri tem muito a acrescentar na vida das pessoas em termos que falamos sempre e que valorizamos muito, como disciplina, socialização, saúde, pensamento criativo, entre outros. Mas sabe, nesse momento estamos mais preocupados de você ter sempre à mão uma atividade que te faz bem. Por aqui já mostramos nossos alunos fazendo bolinhos (que a prof. Rebecca ensinou), ou mães fazendo aulas de zumba com as filhas, ou alunos usando borra de café pra desenhar. Por quê? Porque faz bem, porque é gostoso, porque deixa a gente feliz e dá prazer.

 

No fim das contas, é amar o que faz que nos deixa bem com a gente e com os outros, ainda mais em tempos tão difíceis.

Contagio - Texto

A percepção da cultura sobre os desastres

Na edição de 8 de abril da Revista Veja, a matéria “Admirável Fim do Mundo” ressoou com um pouco mais de força aos nossos ouvidos. Não particularmente pelo medo da veracidade das profecias hollywoodianas citadas na matéria, mas principalmente por tratar da forma como a cultura se manifesta, e consequentemente manifesta os nossos anseios, sendo tão sensível para nós que é até capaz de criar, através das narrativas de tantas obras, uma sensação geral e intangível que nos acompanha nesse tempo de coronavirus: a sensação da ameaça de um mal que chega para colocar a nossa humanidade em xeque.

Durante todo o século XX, dois aspectos nos deixaram mais propensos a essa sensibilidade, e talvez o primeiro esteja em função do segundo: a quantidade de produtos culturais – como filmes, livros, HQs, músicas – que tratam de um evento “apocalíptico”, seja um vírus novo, um ataque zumbi ou um efeito do aquecimento global; e, o outro aspecto, é a globalização, que faz com que a narrativa de um desastre local (como guerras, crises humanitárias, tsunamis, terremotos, fome, seca) e também global (como o coronavirus) afete cultural e psicologicamente bilhões de pessoas ao redor do mundo.

Desde que o mundo é globalizado, a sensação de que sempre tem alguma coisa acontecendo é verdadeira, porque tem mesmo. Em algum lugar tem. E então chegamos a esse momento em que uma coisa está, de fato, acontecendo em todos os lugares ao mesmo tempo – com uma velocidade e raio sem precedentes – que nos causam aquela impressão de: “meu deus, aquele filme estava certo!”. E muitas vezes, essa sensação geral não vem necessariamente do medo do fim da humanidade, mas da falência da civilização, como é o caso de distopias famosas na cultura pop, como Jogos Vorazes, O Conto da Haia, 1984, Farenheit 451 e tantos outros que levam as reações do medo e da ameaça às últimas consequências.

E onde nós, a massa da humanidade, ficamos? Ficamos no meio das narrativas, que ganham mais ou menos força à medida que a nossa experiência com o mundo endossa o que vemos na tela, na página do livro ou na canção. Se “Contágio”, de Steven Sonderbergh, já foi um entretenimento pra passar tempo, hoje ganha teorias, baseia projeções de jovens na internet e é, por vezes, evitável, afinal: “deus me livre de assistir isso agora”.

Tudo isso nos faz pensar o quanto a cultura e a arte são importantes para nos ajudar a dar conta e vazão dos receios que todas as gerações há milênios têm: que as coisas uma hora podem ser muito desafiadoras (como agora) e não sabemos como lidar com isso.

Tudo isso nos faz pensar o quanto as histórias e elaborações que fazemos da vida através da arte são essenciais para a gente dar à imaginação o poder de realizar aquilo que não queremos que se realize na vida real, e ao mesmo tempo, o quanto somos tão sensíveis à cultura, à elaboração das histórias e das experiências uns dos outros, que somos tentados em nossos sentimentos e imaginação a tomar um pouco para nós da cautela, do medo e das reações de alguns dos personagens em quem nos espelhamos.

É nesse bololô que conseguimos perceber, pelo menos um pouco, que a sociedade e a cultura globalizada se retroalimentam em suas narrativas de elaboração do mundo, do medo, do desconhecido, e que provavelmente sem isso, sem a imaginação e a emoção, poderíamos estar elaborando muito mal nossos sentimentos – que sem elaboração racional podem se tornar um perigo para o outro.

Por isso, assista os filmes de apocalipse zumbi, distopias e desastres… são boas histórias, e muitas vezes, têm muito a ensinar sobre o espírito de comunidade. Mas não se preocupe. Essa elaboração do desastre existe justamente pra nos ajudar a lidar com nossos medos e perceber que, mesmo no pior dos cenários, há sempre um jeito de superar os desafios.

 

Viva à cultura por nos dar mais do que um passatempo, mas uma forma bonita de pensar o espírito humano.