Popularmente conhecido como museu do Ipiranga, o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, foi inaugurado em 1895, como Museu de História Natural, e foi um importante marco da independência da história do Brasil e do Estado.
Foi a partir dos anos 20 que o acervo do museu se expandiu. principalmente com foco para a História de São Paulo. Hoje, grande parte do seu acervo é dedicada à Independência do Brasil.Hoje, grande parte do seu acervo é dedicada à Independência do Brasil. Nessa época, realizou-se a decoração interna do edifício, com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil no Saguão, Escadaria e Salão Nobre. Hoje, grande parte do seu acervo é dedicada à Independência do Brasil.
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Apesar de ainda ser um marco turístico da região do Ipiranga, desde 2013 não há visitação. O Museu foi fechado para restauros e renovações, com previsão de reabertura em 2022, para a celebração do bicentenário da Independência. Nessa reabertura, o espaço passará a contar com: espaços exclusivos para exposições e exibições audiovisuais.
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O Museu conta hoje com um acervo de mais de 450.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual, que acompanham os século 17 até meados do século 20, entre eles, o quadro “Indepedência ou Morte”, de Pedro Américo (1888).
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Presença da comunidade árabe em SP
Em levantamento inédito feito pela Câmara do Comércio Árabe Brasileira em 2020, descobriu-se que cerca de 6% da população brasileira é constituída de árabes ou descendentes. A ‘Pesquisa Nacional Exclusiva sobre Árabes no Brasil’ foi realizada pelo Ibope Inteligência em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas e mostrou que 11,61 milhões de pessoas que vivem no Brasil atualmente fazem parte da comunidade árabe.
E isso por si só é uma evidência de que a presença e influência na nossa cultura é muito forte. Você sabia que palavras como Arroz e Alfaiate são influência da língua árabe? Mas não se trata só disso. A cidade de São Paulo é profundamente marcada pela cultura e nós vamos te mostrar como.
São Paulo capital da Gastronomia
A gastronomia de São Paulo é considerada um patrimônio histórico e cultural da cidade. Considerada Capital Gastronômica Mundial pela Sirha (Salon Internacional de la Restauration, de l’hôtellerie et de l’ Alimentation), a cidade conta com mais de 23 mil restaurantes (número de 2018). Cerca de 6% sua população é empregada no ramo da gastronomia.
Hoje a cidade conta com restaurantes de mais de 80 etnias e a imigração de povos africanos e da América Central também tem contribuído para enriquecer o caldeirão de sabores que a cidade produz.
Apesar da vocação internacional que São Paulo tem na gastronomia – com famosos restaurantes e chefes renomados – a culinária local também tem ganhado espaço através do uso de ingredientes locais e da valorização da cozinha essencialmente caipira.
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Cultura japonesa em São Paulo
São Paulo é a localização com maior colônia japonesa do Brasil. O bairro da liberdade é um símbolo dessa cultura que, atualmente, é também um polo de outras culturais orientais como chinesa e coreana.
A imigração japonesa teve início em 1908, com o desembarque de 175 famílias vindas no navio Kasato Maru. Esse número só aumentou e em 1940, estima-se que 179 mil japoneses viviam no Brasil.
Dessa cultura, maçã fuji, morango, mexerica poncã são algumas das coisas que incorporamos e se tornaram parte do dia a dia de alimentação do paulistano, além da introdução das artes marciais como Karatê, Jiu-Jitsu e Judô.
Desde o início, a colônia japonesa se organizou para fundação de escolas, hospitais e centro de apoio a imigrantes, o que tornou a população coesa e profissionalmente capacitada, o que impulsionou a classe média nipônica e a transformou em uma difusora da cultura através de comércio, gastronomia, música e moda.
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Ah, Rua Augusta!
Uma das ruas mais jovens e culturalmente efervescentes da cidade, a Rua Augusta, é um dos grandes símbolos culturais de São Paulo e foi aberta ainda no século XIX, em 1891. Nos anos 50, a arquitetura prevalecente na região era a de prédios mistos (com comércio no térreo) e a explosão da cultura juvenil, que também buscava uma identidade mais transgressora e de ocupação do espaço público, fez com que a rua atraísse negócios e diversão focados no público mais jovem, como livrarias, cinemas, bares e lojas de roupas.
A rua passou por muitas transformações e, nos anos 70, parte dela ficou conhecida por criminalidade, prostituição e uso de drogas, mas no começo dos anos 2000, a especulação imobiliária e o retorno de negócios focados em público jovem de classe média, trouxe para o endereço, o “hype” necessário para transformá-lo em um polo de atração de artes e moda.
Em levantamento feito pela redação da Folha de S. Paulo, a Rua Augusta foi terrivelmente afetada pela quarentena e diversos estabelecimentos famosos do local fecharam as portas. Com a reabertura, a esperança de renascimento da Augusta segue forte em moradores, frequentadores e comércio local.
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População indígena na cidade de São Paulo
São Paulo, cidade onde a IMELC foi fundada, é certamente a cidade com maior miscigenação cultural da América Latina. E um reforçador dessa diversidade, é o fato de que por aqui ainda resistem três aldeias indígenas: Guarani, no Pico do Jaraguá; e Tenondé Porã e a Krukutu, que ficam em Parelheiros. Segundo dados do IBGE em 2010, São Paulo é o 4º cidade com maior população indígena do país, chegando a 12.977 pessoas.
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Apesar dessas três aldeias que continuam dentro dos perimêtros da cidade, o número de indígenas que vivem na capital também se deve a outro fator: a migração. Em busca de oportunidades de emprego, educação, saúde e bem-estar, muitos deixaram suas tribos para viver na cidade, principalmente durante as décadas de 1960 e 1970.
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É sempre importante relembrar que as populações indígenas são diferentes, e possuem línguas, costumes, rituais e alimentação que se diferenciam umas das outras.
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Apresentação de Canto Coral Infantil – Cora Coralina
Ah, esse Canto Coral só dá alegria e orgulho para a gente!
A modalidade começou no Arte e Cultura Barueri faz bem pouco tempo, mas as crianças já estão se apresentando. E vamos combinar, se apresentando lindamente.
Esse fim de semana rolou apresentação da turminha lá na biblioteca Cora Coralina e a gente quer se certificar de que vocês vejam o que rolou!
Dia nacional da Bossa Nova
Hoje é dia nacional da Bossa Nova!
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Nós sabemos o quanto esse gênero musical é característico da Cultura Brasileira e o quanto ele influenciou tudo o que veio depois na nossa música. É por isso que lembrar desse dia, é tão importante.
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A Bossa Nova foi um movimento que começou nos anos 50 e teve forte influencia do samba carioca e do jazz americano. O que consolida o estilo foi o lançamento do compacto de João Gilberto, em 1958. Além dele, Tom Jobim e Vinícius de Moraes compõem a tríade mais conhecida do movimento que “acabou” oficialmente, em 1966. Depois disso, muitos estilos se mistararam e foram influenciados pela Bossa Nova.
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Uma das coisas mais curiosas é o nome do movimento. A primeira referência musical à palavra Bossa foi cunhada pelo sambista Noel Rosa, em 1930, em trecho que dizia: “O samba, a prontidão e outras bossas, são coisas nossas”. Nesse caso, Bossa significa jeito ou maneira de fazer algo. Portanto, Bossa Nova, se referia a um novo jeito de fazer música.
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Agora, esse estilo também ficou conhecido mundialmente, principalmente através da canção “Garota de Ipanema”. Ela ganhou o Grammy em 1965 e foi gravada e regravada por diversos artistas como Frank Sinatra, Amy Winehouse e Cher, e acredita-se que seja a segunda música mais gravada da história.
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Bom, e não poderíamos deixar de lembrar que essa data vem muito a calhar sendo no dia 25 de janeiro, data que também é aniversário da cidade de São Paulo – uma metrópole cultural, viva e cheia de arte. Feliz 467 anos para nossa cidade!
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Por que incentivar a cultura?
Quem já ouviu falar sobre Frida Kahlo, Jane Austen, Van Gogh e Mozart pode ter alguma ideia de como a arte tem o poder de oferecer um escape produtivo e saudável de realidades, muitas vezes duras – que nesses exemplos, passam por doença, transtorno mental e machismo. Mas, é claro, não é pra isso que a arte serve e nem queremos que ela seja um paliativo para os problemas de ordem social ou pessoal. Mas a reflexão começa por entender que algumas das pessoas mais brilhantes das artes encontraram nela formas de falar sobre suas dores e de embelezar um mundo, por vezes, em ruínas.
Uma das formas mais comuns de se pensar em cultura, e agir em prol dela, é através da arte – seja dança, música, teatro ou outras formas. A cultura é uma dimensão que engloba muitas coisas: língua, modo de vida, culinária, história e muitas outras que fazem de nós, parte de um contexto social, e é através da arte que é possível se falar sobre cultura enquanto comportamento, enquanto impacto social, enquanto problema que permeia a sociedade como um todo. O que isso tudo quer dizer? Quer dizer que a arte tem um dos mais importantes resultados quando se trata de vida em sociedade: ela é a expressão do que cada pessoa, em sua individualidade sente, pensa, e é de indivíduo em indivíduo que a sociedade entrelaça sua trama de significados e símbolos.
É partindo das experiências pessoais que Van Gogh desenha seus girassois e é a sinceridade da sua arte que alcança o coração de tantos outros, e é carregada pela civilização pelos anos, se tornando inspiração para que várias novas gerações falem das suas dores em forma de artes plásticas. Van Gogh prova o quanto a arte parte do micro e impacta o macro em longo prazo, por exemplo. Mas então, quando falamos sobre a importância de incentivar a cultura, estamos falando sobre criar os Van Goghs do amanhã? Sim, mas não principalmente. Estamos falando sobre oferecer às pessoas formas e incentivo de expressarem suas próprias ideias do mundo e suas experiências com ele. Estamos falando sobre ter comunidades que abraçam as artes que existem em todos nós e que isso seja uma linha invisível que conecta todo mundo aos sentimentos, às dores, aos pensamentos e linhas de raciocínio uns dos outros, a ponto de sermos construídos no campo da empatia. Estamos falando sobre permitir e encorajar que crianças, jovens e adultos, exercitem suas capacidades criativas para achar as melhores formas de entender as realidades que os cercam, e assim, reflitam sobre possíveis soluções. Estamos falando sobre oferecer válvula de escape para o estresse da vida cotidiana.
Falar de arte é falar de tudo que diz respeito à subjetividade do indivíduo consigo e com a coletividade de forma a ser uma manifestação dos tempos em que são feitas, produzindo sem querer, contribuição histórica para a sociedade enquanto os questionamentos e desafios de ordem pessoal vão sendo elaborados em produto. É através de Van Gogh que entendemos melhor que beleza mora na dor, que dor mata, que talento é uma celebração à capacidade de ser humano. Só para citar alguns.
As três aldeias indígenas que resistem em São Paulo
São Paulo, cidade onde a IMELC foi fundada, é certamente a cidade com maior miscigenação cultural da América Latina. E um reforçador dessa diversidade, é o fato de que por aqui ainda resistem três aldeias indígenas: Guarani, no Pico do Jaraguá; e Tenondé Porã e a Krukutu, que ficam em Parelheiros. Segundo dados do IBGE em 2010, São Paulo é o 4º cidade com maior população indígena do país, chegando a 12.977 pessoas.
Apesar dessas três aldeias que continuam dentro do perímetro da cidade, o número de indígenas que vivem na capital também se deve a outro fator: a migração. Em busca de oportunidades de emprego, educação, saúde e bem-estar, muitos deixaram seus povos para viver na cidade, principalmente durante as décadas de 1960 e 1970. No entanto, com essa migração para as cidades, não morreram os esforços da própria população indígena para preservação das culturas particulares das suas etnias. Quem sai da convivência social do povo de origem, não deve perder seu contato direto com sua cultura, e a maioria toma para si a responsabilidade de garantir a sobrevivência dos seus costumes, línguas, rituais e festas.
É recente o olhar cultural (acadêmico e político) se voltar para os povos indígenas. A Constituição de 1988 reconhece e assume o dever da União de protegê-los e legitima seu modo de vida, cultura, costumes e terras tradicionalmente ocupadas. O trabalho de preservação histórica, social e cultural da vida dos povos indígenas do Brasil não tem sido uma tarefa fácil na arena de discussão das políticas culturais do país. E em menor escala, a cidade de São Paulo representa um universo de resistência das culturas indígenas e um recorte da situação no país. As três tribos da cidade, por exemplo, convivem com as demandas e realidades da capital – da necessidade de transporte e saúde de qualidade, até a preservação ambiental da mata atlântica (nativa da região) e especulação imobiliária, com uma particularidade que é comum a pequenos grupos étnicos: preconceito e racismo.
E falando assim, pode parecer muitas necessidades e muitos esforços para um grupo tão pequeno. Novamente, olhando para a cidade, são 12.977 pessoas – número infinitamente menor do que a população de todos os bairros de São Paulo e apenas 1% da população total, taxa que impressionantemente chega a 4ª maior do país. É aqui que a permanência das três tribos que sobrevivem na capital ganha um significado ressonante. Se acreditamos na valorização da cultura do Brasil, na preservação do modo de fazer e na incumbência de preservar a cultura dos povos como legado para a humanidade e para todas as gerações futuras, valorizar e garantir que a identidade delas permaneça, é um compromisso com o qual já compactuamos no momento que decidimos que cultura é importante e um direito de todos.
E a nós cabe celebrar a cultura ancestral do Brasil e contribuir um pouquinho para que ela não morra, e para que a nossa cidade abrace seu ativo mais atraente: o fato de que todas as culturas (urbanas, indígenas, migrantes, imigrantes) fazem dela uma potência cultural evidente na América Latina.