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Nossas Histórias – Muito além de movimento

No Nossas histórias, falamos sobre histórias inspiradoras de alunos que usam a arte como ferramenta para a transformação da vida, seja em momentos de dificuldade, em momentos de felicidade ou simplesmente para demonstrar uma paixão. E hoje vamos contar uma história que teve a mistura dos três.

 Rafael Aparecido, 20 anos, é aluno de Street Dance do programa Arte e Cultura Barueri há dois anos – e sempre presente em momentos importantes, como faz questão de ressaltar. Essa paixão começou quando ele tinha 11 anos de idade, em uma pracinha perto de casa, onde os jovens do bairro se reuniam em roda de hip hop, break e street: “ eu me interessei bastante por essa arte e corri atrás para que a cada dia que passasse eu soubesse mais sobre ela não só intelectualmente como praticando também”, comenta o aluno.

E o que começou com uma brincadeira e um hobbie foi ficando mais sério com o tempo. O jovem passou a fazer parte de dois grupos de dança, os Cybernetikos e Path of Dance, com os quais chegou a se apresentar em festivais , eventos, campeonatos, teatros , parques, bibliotecas e escolas e também em cidades como Rio de Janeiro e Florianópolis. “nessa época eu aprendi muita coisa, várias modalidades que eu não sabia” – diz Rafael – “e também tive a oportunidade de levar conhecimento por muitos lugares onde passei”, completa. 

No meio desse caminho de aprendizado, a vida interferiu na arte de Rafael quando sua mãe ficou doente e passou por uma cirurgia delicada que exigia cuidados especiais e a ajuda do filho. O jovem dançarino parou de dançar por um ano e acreditava que não iria voltar: “nesse tempo, na minha cabeça, achei que nunca mais voltaria a dançar e que seria o fim de tudo aquilo que sonhei pra mim”, relembra. Depois desse período difícil, era hora de retomar o interesse adormecido. E foi aí que as oficinas de Street Dance se tornaram parte da rotina do aluno – que acompanha as aulas até hoje. Segundo o dançarino, a oficina é importante porque o ajuda a não só exercitar melhor a parte física, como também praticar e contribuir com o aprendizado de outros alunos. 

Para o jovem – cujos estilos favoritos são o popping, style e break dance – o que a dança traz de mais legal para sua vida é a oportunidade de demonstrar sua personalidade : “na dança você pode se expressar e colocar todo aquele sentimento seu de dentro pra fora, ser você mesmo. Nela você mostra tudo o que sabe e sente… e eu amo isso”, reflete Rafael.

Durante a pandemia, como para todos os praticantes de dança, a rotina do aluno foi afetada, mas apesar de dificultar a oportunidade de fazer a parte física coletiva da modalidade, Rafael tem feito o possível para treinar em casa, e se manter atualizado através de exercícios e desafios que o professor Alan Alves manda. O professor, que chegou em 2020 no programa, se surpreendeu com as habilidades do aluno  “ele é um rapaz muito dedicado e apesar de o conhecer há pouco tempo já sou feliz de ser professor dele”, diz orgulhoso.  

A dança se tornou tão importante na vida do aluno que ganhou também um papel chave nos objetivos profissionais do jovem: ele sonha em fazer faculdade de dança, ser um dançarino  famoso e, quem sabe, professor da modalidade.