Planejamento financeiro

Quando falamos de planejamento financeiro em uma organização de terceiro setor, normalmente é difícil as pessoas acreditarem que exista algum, não é?
Há muita falta de planejamento no terceiro setor? Sim. Principalmente porque a área carece de qualificação em gestão, e por isso, muitas organizações vivem situações financeiras difíceis.
Mas também é muito bom lembrar que, quando se trata de terceiro setor, a lógica da receita é um pouco diferente. E vamos te explicar melhor como ela acontece.

Diferente de empresas e setor público – que obtém receitas recorrentes – o terceiro setor, normalmente, depende de duas formas de captação de recursos:
1 – Doações (empresas, organizações): entrada esporádica e fortemente afetável por questões externas;
2- Verba pública (para atender uma demanda de serviço público): verba já destinada a um fim específico – seja um evento, projeto, programa, equipamento público.

Por isso, quando falamos sobre planejamento financeiro devemos lembrar que, no terceiro setor, ele é, muitas vezes, baseado em um projeto a ser executado – afinal, mesmo no caso das doações, ninguém vai doar para uma organização que não tenha um projeto a ser executado. Por isso a lógica do planejamento passa a contar com um passo a mais: a captação do recurso. É a partir dela que começa o planejamento de execução financeira do projeto.
A fase de captação é fundamental, já que ela diz respeito ao financiamento da própria sobrevivência da organização, afinal o terceiro setor não tem estrutura de produzir os próprios recursos.

E é então que começa, de fato, os três passos do planejamento financeiro dentro do terceiro setor: Orçamento do projeto (levantar todo orçamento que o projeto também); Planejamento de custo (levantamento de todos os gastos); algum desembolso da própria entidade (caso a entidade entre com recursos próprios em algum projeto).

Você já sabia sobre esse processo? Conta pra gente nos comentários.